Trazia consigo um pedaço de papel, papel velho, sujo, mas que tinha um enorme valor sentimental. Era seu tesouro, não o trocaria por quantia alguma. Não demonstrava o seu amor, pois o único amor que tinha se partiu em dois. Um se foi, para talvez nunca mais voltar. O outro estava ali contigo, jamais se separaria daquele pedaço de papel. Representava sua vida, uma parte da sua história. Impossível explicar o quanto era valioso três palavras escritas. Palavras a qual já o balançaram muito, e que ainda tinham algum efeito sobre ele.
Incrível o que um "eu te amo" pode fazer. Ele havia levado a sério isso algum dia, ou quem sabe ainda levava.
O vazio é o seu melhor amigo.
Assim recolhendo-se dentro de si, tinha medo. Medo de sofrer tudo aquilo novamente. Medo por saber que o último amor, é o que sempre sofremos mais.
Virou-se e seguiu seu caminho. Não porque queria, mas porque tinha que prosseguir. Mas até hoje, continuava parando sua caminhada e às vezes olhava para trás e logo após para seu papel.
Sofria tudo novamente, e logo após continuava sua caminhada.
O mundo nunca para, é.
sexta-feira, 28 de agosto de 2009
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