domingo, 13 de setembro de 2009

3 longos e ridículos anos

Mais alguns anos. E essa porra de alguns anos não passam logo. Eu não estou mais aguentando. Eu quero distância. Quero ficar o mais longe que eu possa. Chegar à um ponto de passar do lado e nem lembrar. E tudo isso é tão familiar pra mim. Acho que porque esse sempre foi o meu sonho, distância. Que tipo de filho quer distância do pai? É, acho que esse tipo de filho sou eu. Eu não suporto nem olhar mais na cara dele. Eu quero fugir.. Mas pra onde? Pra onde? Eu quero chorar, mas não na frente dele, jamais. E aqui no meu coração, você nunca vai entrar. Você é apenas.. Apenas mais um. Apenas mais um que não apoia os meus sonhos, o meu ser, as minhas vontades. Eu quero distância, só isso. Fingir que você morreu em um acidente trágico de carro e que se foi ainda quando eu era pequeno. Porque por você eu não sinto nada, aliás eu acho que nunca senti. Me trata assim porque não teve uma infância boa? Foda-se. Eu não sou cachorro. Não sou uma pessoa que você pode depositar os seus sonhos. NÃO SOU! E de você eu só quero distância. Ódio que me consome e que me alegra.. Ódio por saber que ainda tenho que estar aqui e aguentar tudo isso, querendo ou não. Alegria por saber que logo menos, nunca mais precisarei olhar na sua casa. Não vou precisar lembrar que tive uma pessoa à quem chamei de pai.
"E o vovô?'' - Seus netos vão me perguntar.. "Seu avô morreu quando eu era jovem." - Eu responderei. Porque é a verdade nua e crua. Morreu pra mim desde meus 5 anos, quando eu cai e enfiei um monte de pregos na perna acidentalmente. E me bateu quando deveria estar acudindo. Morreu à tanto tempo pra mim. Só você que não percebe isso, só.

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